Diante do descaso do governo fascista de Bolsonaro com o povo mais pobre de nosso país, ocasionando mais de 80 mil mortes por COVID-19 (até a presente data), das absurdas declarações na famigerada reunião ministerial de 22 de abril, do ato no STF promovido pelos "300 do Brasil", e de diversos outros desmandos desse governo e das demonstrações de avanço do fascismo, diversas manifestações populares cresceram em todo país nos últimos meses. Além disso, um governo com dezenas de militares em sua estrutura significa um nítido sinal e ameaça as liberdades democráticas.
E não é a toa, as manifestações de rua tiveram como pauta principal a defesa da democracia, o antifascismo e o antirracismo (motivado pela morte de George Floyd nos EUA e dos jovens negros nas periferias do Brasil). As torcidas antifascistas ganharam destaque nessas lutas. Em nosso pais, cerca de 60 torcidas antifascistas deixam suas marcas através do posicionamento politico.
Por ser o esporte mais praticado e ser bastante popular, o futebol é uma das maiores paixões do povo brasileiro. O que prova é a quantidade de espectadores que são atraídos aos estádios para acompanhar os jogos do seu time do coração, e que por sinal muitos desses são jovens, bastante atraídos pela energia única da vibração nas arquibancadas.
A presença da juventude nesses espaços e a reprodução da paixão pelo esporte é replicada nos nossos locais de estudo e de moradia, basta lembrar os torneios de bairro, os interclasses e as atléticas de curso nas universidades.
A partir do momento que começamos a perceber a enorme soma de investimentos nos grandes clubes, o alto preço dos ingressos, o alto custo dos produtos vendidos nas lanchonetes dos estádios, a “arenização” dos estádios, a retirada das famosas "gerais", e uma elitização maior do futebol, contrastando com a forma de como surgiu e se fortaleceu, começamos a unir política e futebol, derrubando por terra a argumentação que os dois não se misturam.
Assim, as torcidas antifascistas cumprem um papel importante dentro e fora dos estádios, que vai desde o ato de entoar cantos que não reproduzam a homofobia, machismo e nem o racismo, a crítica aos preços absurdos dos ingressos, participação popular nos clubes e por democracia, como demonstrado recentemente em nosso país.
Portanto, a juventude tem uma opção de organização nos estádios e nas ruas que proporciona a tomada de consciência e a certeza que é possível unir a paixão pelo futebol com as lutas e pautas concretas da sociedade e da juventude, pois através das torcidas antifascistas, podemos unir nossa voz num canto uníssono por direitos, pelo poder popular e o socialismo.
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